segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Preparações: Modo História ON

Preparações:
Modo História ON:
Calculando o efeito da madrugada em mim decidi escrever alguns pensamentos que tive para a formação de uma história (do meu tamanho espero) pois quem me conhece sabe a minha fibra.
Deixo aqui pequenos excertos deste "projeto" que não passe de uma mera ilusão/desejo. Espero que gostem,:

"Faz dois anos que a minha vida mudou radicalmente. Após 5 anos de planos concretos e de tentar traçar uma vida futura recheada de felicidade, o meu noivo faleceu num terrivel acidente de carro que quase destruiu também a minha vida. Perdê-lo foi mais de que perder uma parte de mim; perdê-lo fez com que eu desistisse de tudo o que seria potencialmente correto para o meu futuro; perdê-lo fez com que eu não acreditasse sequer que poderia existir um futuro.
Felizmente nem tudo ficou perdido no meio da dor. Dois anos depois percebi que só poderei ser feliz ao dedicar-me a uma verdadeira causa, que ele também apoiasse, e que esta derrota na minha vida só me faria começar a enxergar as coisas ao meu redor com maior clareza. Neste momento dedico-me quase exclusivamente à minha futura carreira de escritora que, sinceramente, não possui qualquer perspectiva de futuro. De facto, apenas sei que escrever aproxima-me mais dele e tudo faria para voltar a estar perto dele. (...)
Como escritora que sou possuio uma infinidade de personalidades: perante os outros estão bem e sou politicamente correta; quando estou sozinha, só desejo que o Mundo todo exploda. Não sei se será correto sentir-me assim, mas, neste momento não me consigo sentir de outra maneira… e duvido que o venha a conseguir. (...)
Pensando em mim vejo que os planos são meras ilusões que o Ser Humano tem para evitar que a sua vida monotona se concretize… Vejo pelo meu caso. (...)
Que raio de sentido tem a vida se não amarmos? Eu amei. Talvez esse tenha sido o meu mal, amar demais. Sou uma mescla de contrariedades contrárias umas às outras que dificilmente poderão ser entendidas pelos demais. Sou uma interveniente numa história apagada que simplesmente deixou uma marca no caderno. Sou um rasgo de tristeza acompanhado de uma boa xícara de café… que infelizmente já esfriou. Sou o todo do nada; a lembrança vazia de algo de deveria ter sido fantástico. Olhem para mim. Tudo que desejava na vida foi facilmente alterado. (...)
O melhor que aprendi com tudo isto foi a não me importar com o futuro pois o presente será certamente a maior dádiva que temos. Ninguém nos pode garantir que estaremos cá no futuro por isso o “lutar para um futuro melhor” pouco importa. Se formos felizes hoje teremos tudo que necessitamos. Lamento quem, como eu, vive no passado. Seremos certamente pessoas mais tristes. Lamento também  quem no futuro deseja viver pois é sinal que nunca irá aproveitar a vida pois, no presente estará sempre a pensar no futuro e quando ele verdadeiramente chegar não o saberá aproveitar."




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