sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

PSP: Será justificável passar toda a vida a tratar da Segurança alheia?

 
PSP: Será justificável passar toda a vida a tratar da Segurança alheia?
 
 
 
Já há algum tempo que tinha tido uma vontade exasperada de comentar certos casos que se vêm diariamente com forças de segurança pública (sendo que neste post me irei referir mais à PSP).
Do conhecimento que tenho dos casos em questão posso salientar que atualmente a Polícia já não é minimamente respeitada - nem pelos criminosos, nem pelo responsáveis supremos do nosso País.
Mas como poderão respeitá-los? Senti toda uma revolta dentro de mim, à algum tempo, quando reparei que um polícia foi condenado por matar uma criança que ia num carro com o pai. Tudo seria absolutamente normal, não fosse o Senhor Criminoso em questão ter levado o filho para um assalto.
O polícia acabou condenado, preso e ainda por cima teve de pagar uma pesada indeminização ao Sujeito.
Digam-me sinceramente: isto é justiça? Não me parece...
O culminar do meu desagrado para com o tratamento de estes agentes recebem deu-se hoje quando li a noticia que haviam morrido dois policias numa perseguição... Bem, isto acontece todos os dias. Mas agora pergunto-me o porquê de isto acontecer? Bem, eu sei o porquê!
Neste momento os policias estão proibidos de disparar - mesmo em casos extremos; se rasgarem as fardas tem de comprar novas do bolso deles; nestas perseguições geralmente perdem objetos - que tem de ser comprados do bolso deles. Alguns deles já nem calçado apropriado tem pois estes desgastam-se e não há maneira de serem substituídos. Agora pensem: Qual será a vontade de um policia de fazer uma perseguição policial? Por muito que adorasse o meu trabalho, a minha vontade seria quase (ou mesmo) nula. Ainda há quem se pergunte porquê?
Tenho de correr quilómetros atrás de um criminoso, sujeito a encontrar os mais diversos perigos (aos quais não posso reagir pois estou proibido de disparar), estou sujeito a que ele me mate sem sequer puder reagir e tudo por uns míseros 700/800 €.
Digam lá agora que "ser Policia compensa"... O que mais me admira na atitude do Governo e dos seus responsáveis é que nada é feito (nunca) e é preciso ver-se dois agente da PSP (neste caso) a morrerem numa perseguição para se dizerem coisas como as que li: "Governo manifesta profundo pesar pela morte de dois policias".
Quando às declarações da Senhora Ministra*: Posso até assumir que essa Senhora sinta "pesar" pela morte dos dois policias mas enquanto não se mudarem certas regras vão continuar a morrer mais e mais policias em Portugal, até chegarmos ao cumulo de não termos ninguém a assumir este tipo de funções com qualidade, sem terem de se tornar corruptos e em quem a população possa realmente confiar. A minha pergunta mantém-se: Será justificável passar toda a vida a tratar da Segurança alheia? Por muito amor a uma profissão não há quem resista!
 
* "Os agentes Ricardo Filipe Santos e João Carlos Lopes Raínho desempenharam com brio, elevado espírito de missão e bravura as funções que lhes foram confiadas, dando a vida para a salvaguarda de pessoas e bens, fazendo o sacrifício último em prol de Portugal e dos portugueses"


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